O que é o Princípio da Adjudicação compulsória?
O princípio da adjudicação compulsória é um dos princípios norteadores da administração pública.
A adjudicação compulsória é uma medida legal utilizada para regularizar o registro de um imóvel de que se tem o direito real adquirido, porém, de que não possui a documentação exigida em lei.
Na administração pública esse princípio impede que, após o procedimento licitatório, a Administração atribua o objeto da licitação a outro que não seja o vencedor desta, exceto se este vencedor desistir, expressamente do contrato.
Essa adjudicação pode ser revogada pela Administração?
É possível que a Administração Pública não celebre o contrato de licitação em razão de motivos que possam gerar anulação do procedimento, como ilegalidade, ou revogação, ou ainda devidos a fatos supervenientes ou em razão do interesse público, assim, a adjudicação compulsória não ocorre.
O que é a ação de adjudicação compulsória?
Além da adjudicação na administração pública, existe uma ação cível que pode ser proposta para exigir a adjudicação compulsória, conforme definição dos arts. 1.417 e 1.418 do Código Civil.
A ação de adjudicação têm o intuito de que seja determinado por um juiz o registro de um imóvel de quem (parte que ingressou com a ação) tem direito real adquirido sobre esse imóvel, porém, que não possui a documentação exigida em lei.
Quando cabe adjudicação compulsória?
Quando, a partir de um contrato de compra e venda de um imóvel, tendo o devedor cumprido sua parte na obrigação, o vendedor recusar-se a transferir a propriedade, devendo o comprador ingressar com a referida ação para obter o registro.
Portanto é preciso que haja a existência de uma promessa de compra e venda e que no contrato inexista cláusula prevendo direito de arrependimento, mas claro, se houver arrependimento o valor pago deverá ser restituído.
Quais documentos são necessários para esse tipo de ação?
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- Contrato de compra e venda;
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- Quitação final, ou recibos que demonstrem o pagamento total das prestações;
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- Certidão de propriedade (vintenária, onde se indica a evolução da matricula);
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- IPTU atual;
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- Comprovante de notificação, constituindo o compromitente vendedor em mora.
Qual prazo de prescrição e decadência?
O direito de propor ação de adjudicação compulsória não prescreve, pois se trata de um direito potestativo e nem decai, uma vez que não previsão legal para tanto.
Qual a diferença entre adjudicação compulsória e outorga de escritura?
A outorga de escritura é o processo em que o vendedor transfere o imóvel para o comprador, por meio de um contrato de compra e venda, já a adjudicação compulsória é o processo para se obter essa outorga compulsoriamente, uma vez que o vendedor se recusa a realizar esse procedimento voluntariamente.
Atualizado em: 04/08/2023 na categoria: Dr. Responde